Sobre amamentação e perda de peso

amamentação e perda de peso

Recentemente li um livro ótimo chamado I make milk… what’s your superpower? (Em tradução livre seria “Eu produzo leite… Qual o seu superpoder?”) de autoria da consultora em lactação Jennifer Ritchie. O livro foi bastante educativo. Embora faça alguns anos desde que “fechei o sutiã”, meu interesse amamentação perdura, sobretudo para continuar trazendo informações relevantes para vocês.

O post de hoje fala especificamente sobre a perda de peso na amamentação. O assunto é controverso. Existem relatos de mães que contam que não precisaram fazer dieta, pois só amamentar já foi o suficiente para eliminar muitos dos quilos indesejados. Outras mães relatam que não foi bem assim. Algumas delas demoraram muito tempo para emagrecer e, outras, até engordaram.

 

 

 

Sobre amamentação e perda de peso

Eis aqui alguns tópicos interessantes que eu aprendi com as dicas inteligentes da autora.

  • A fim de parir, tudo no corpo se expande: quadris, caixa toráxica etc. Seu corpo se preparou durante nove meses para o parto. Conceda a ele pelo menos o mesmo tempo para que ele se acostume novamente à vida sem um bebê dentro de si.
  • O mesmo acontece com o peso acumulado. Você demorou um tempo engordando e se alimentando por dois. Tenha paciência! Ela aconselha a simplesmente ignorar o excesso de peso, pelo menos nas primeiras duas semanas após o nascimento.

    “Honestamente, as duas primeiras semanas podem ser um pesadelo. O foco precisa estar no seu bebê e nos seus novos ajustes familiares. Não pense em dieta”

  • A autora acredita ainda que as primeiras seis semanas são um período de transição. Demora um tempo para que o bebê se adapte aos ritmos do mundo exterior, e para o bebê e mãe se entenderem de verdade com a amamentação. A última coisa que as mães devem querer é inserir o estresse de entrar de dieta e um plano rigoroso de exercícios logo no início.
  • As mulheres estão cansadas, privadas de um sono restaurador e com isso estão ainda mais ansiosas. E o que fazemos nos momentos de ansiedade? Queremos doces. E o que fazemos nos momentos em que estamos mais cansadas? Queremos carboidratos para conseguirmos só mais um pouquinho de energia no dedão do pé para conseguirmos ninar nosso filhotinho por mais cinco minutos. E, todo mundo sabe, que carboidratos e doces não ajudam a dieta de ninguém.
  • É fato que amamentar acelera o metabolismo de maneira significativa, mas não adianta muito se você estiver comendo mal, desregradamente e fazendo péssimas escolhas em nome da ansiedade e exaustão que te acomete. Procure uma nutricionista e faça substituições inteligentes. A nutricionista Carol Morais, autora do livro Projeto verão para a vida toda, fala bastante sobre como podemos equilibrar nossa alimentação sem abrir mão de delícias.

Um pouco de organização e rotina fazem milagres

  • Sabemos que você está exausta (aliás exaustão é tudo o que eu me lembro dessa época), mas um dia de preparação te mantém abastecida por mais de uma semana. Corte legumes e frutas e deixe tudo picadinho e a mão na geladeira. Cozinhe tudo de uma vez e congele. Mantenha doces e salgadinhos industrializados longe da sua despensa para não sofrer tentação.
  • Sim, você só está cuidando das inúmeras necessidades do seu bebezinho, nada além. Mas esforce-se em comer porções menores e mais vezes ao dia. Eu era a rainha de fazer um lanchinho (além de beber litros de água) na hora que estava amamentando. Como a Victoria era um reloginho e mamava mais ou menos de 3 em 3 horas, eu comia nesse intervalo e foi ótimo pra mim.

    Segundo a autora, “Se uma mãe espera muito tempo entre as refeições, há um efeito hormonal que afeta a oferta de leite. Seu corpo vai começar a puxar a energia de suas reservas, o que diminui a produção de insulina e afeta os níveis do hormônio da tireoide. Isso reduz a prolactina, que é o hormônio que controla a quantidade de leite que fazemos. ”

 

  • Não dá pra fazer spa em casa e sobreviver de 800 calorias. É perfeitamente seguro fazer dieta durante a amamentação, desde que a sua ingestão calórica total não fique abaixo de 1800 calorias por dia e você continuar a comer uma grande variedade de alimentos nutritivos.
  • Esqueça as celebridades. Não existe desserviço maior para a humanidade do que mãe mostrando barriga tanquinho duas semanas depois de parir. Todas as pessoas, mães inclusive, perdem peso em tempos diferentes. Por isso não desanime se seis meses depois você ainda estiver lutando com aquela “pochete” na sua barriga. Água mole em pedra dura… bom você sabe como esse ditado termina. Não desanime!
  • Saiba equilibrar. Isso talvez seja o conselho mais difícil de todos, pois se existe algo que uma mãe perde depois que os filhos nascem é a capacidade de equilibrar desejos e necessidades. Mas tente. O objetivo é simples: gastar mais calorias do que consumir, sabendo que você tem as calorias extras perdidas por conta da amamentação. Você já está em vantagem. Por isso, se quiser comer mais delícias, se exercite com um pouco mais de afinco. Mas se você não quiser sair do sofá por um tempo (tente não fazer isso!), invista em uma dieta mais equilibrada.

 

 

 

Imagem destacada do texto sobre amamentação e perda de peso: Shutterstock
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