O único conselho que posso dar sobre filhos e a felicidade

Eu passei por uns anos difíceis. Uma grande crise existencial, aliada a uma separação e uma leve depressão. E a Vicky ainda era um bebê enquanto eu estava com a vida de cabeça pra baixo. Vivendo em uma montanha russa de emoções contraditórias.

Acho que foi difícil pra um monte de gente reparar. Afinal, eu não parei. A gente nunca pode parar né? Tem que trabalhar, tem que criar filho, tem que ir lidando com as agruras enquanto faz mercado, pega criança na escola e faz post fofinho nas redes sociais. Mas a verdade é que foi difícil, foi um caos. E eu acho que eu chorei todos os dias por uns dois anos. Pelo menos.

A Vicky acabou crescendo com essa mãe que a amava profundamente, mas estava dando um passo em falso atrás do outro. Uma tristeza imensa me assolava e eu achava que eu ia ser pra sempre essa pessoa melancólica, que se escondia atrás de uma máscara de produtividade, de riso fácil.

Mas eu precisava ficar bem. Precisava superar, precisava criar minha filha em um mundo um pouco melhor do que eu estava oferecendo pra ela. E eu fui trabalhando. Muita análise com um psicanalista fabuloso. Exercícios físicos para deixar o coração batendo mais forte. E uma rede de amigas que não me cobravam nada, mas ficavam do meu lado, me dando a mão, me ouvindo, olhando a luta que eu travava sem jamais deixar eu tombar.

E não é que um dia tudo passa?

Um dia qualquer de 2016 isso passou. Eu fui, ao longo desse processo, deixando a bagagem pra trás, aceitando mais quem eu era e ao mesmo tempo me redescobrindo como ser humano, como mãe, como profissional e mulher. Eu acordei e aquele véu nebuloso tinha sumido. Tinha, finalmente, superado e me transformado em uma pessoa tão mais fabulosa aos 43, que eu dei um sorriso de admiração quando me olhei no espelho.

E, quando a gente acha que as crianças não estão percebendo nada, elas te surpreendem entendendo tudo o que você está passando. Nossos sorrisos eram mais honestos, a gente começou a compartilhar mais interesses, passei a introduzir pequenas deliciosidades na vidinha da minha pequena miúda, o que só ajudou a nos tornar ainda mais cúmplices dessa vida em comum que a gente chama de amor.

 

Meu único conselho

Por isso, queridos leitores, o único conselho que eu posso te dar sobre filhos e a felicidade é que você jamais deve desistir de lutar por você mesmo. Jamais deixe de trabalhar corpo, mente e alma para ser a sua melhor versão. Nossos filhos jamais ficarão bem e felizes, se você também não estiver em constante evolução.

Nossos filhos são parte de nós, somos o reflexo no qual eles se espelham. A gente pra eles, e principalmente pra nós mesmos, jamais desistir de ser feliz.

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