Alimentação infantil: 10 dicas para ajudar o seu filho a comer melhor

Alimentação infantil não é um bicho de sete cabeças. Até os dois anos é mais fácil que as crianças comam bem. Os pais estão muito mais preocupados e investidos na alimentação dos pequenos, que por sua vez ainda não estão completamente distraídos com o mundo a sua volta e ainda não conhecem muitos dos alimentos “proibidões”. Ou pelo menos não deveriam.

Mas depois dos três anos é comum os pais reclamarem que os filhos estão ficando seletivos, estão enjoados para comer, não estão comendo o suficiente ou mesmo viciados em açúcar.

Sei que esse é um tópico difícil e a maioria dos pais fica preocupado quando o pequenino não está seguindo a cartilha do “menino do brócolis”. Mas a gente queria te dar algumas dicas para reverter esse quadro, que é bem verdade, tende a se agravar se não for tratado com atenção.

 

1) Comer na mesa: Perfeito mesmo é se a criança comer no mesmo horário dos pais, todos sentados à mesa. O horário das refeições em família é mais do que só comer juntos. É a chance de conversar, trocar ideias, você observar como ele está comendo, quanto e a chance do pequeno observar como e o que vocês estão comendo. Sair correndo atrás da criança enquanto ela come e brinca subindo no sofá não é uma opção. Na frente da TV menos ainda.

2) Fazer uma horta, levar para o hortifruti: 9 entre 10 pais lutam para que os filhos comam e curtam legumes e verduras. Inclui-los no processo de compra, tocar, amassar, picar, cheirar é desmistificar o mito de que é comida ruim. Fazer uma horta com as crianças também é muito divertido. Leia esse post bacana Apresentando ervas e temperos para as crianças e use a criatividade.
3) Pais precisam se alimentar bem: Não adianta destilar o mantra da cenoura que faz bem pra saúde, que é gostoso, se você não coloca cenoura no seu prato em nenhuma refeição. Você também precisa dar o exemplo e colocar legumes e verduras dentro de casa. Ouço muito dos pais dos amiguinhos da creche da Victoria que “eles comem super bem na creche, então eu relaxo em casa”. Isso é péssimo, viu amigos? Por que daqui a pouco eles saem da escola integral para uma escola de meio período e aí? Nunca mais vão comer frutas, legumes e comida balanceada na vida? A escola ajuda muito, mas educação nutricional se aprende em casa.
4) Variedade: Todos nós enjoamos de comer a mesma coisa todos os dias. Então a gente tenta colocar variedade na vida, né? Um dia toma iogurte, outro dia come uma banana, no terceiro dia uma vitamina. Mas as crianças não sabem disso e ficam viciadas em tomar iogurte todas as manhãs por meses. Aí um dia nunca mais aceitam. E você pensa: “mas o que será que está acontecendo?” Bom… mesmo que eles amem e peçam pela mesma coisa todos os dias, faça um rodízio dos lanches prediletos e ofereça novidades e novas formas de apresentação e cozimento. Variedade é fundamental!
5) A culpa é sua: Desculpa, mas é. Longe de mim querer adicionar pontos ao seu caderninho da culpa materna, mas seu filho só come biscoito recheado porque você tem casa. Ele está viciado em doces por que você oferece com mais frequência do que deveria. E mesmo que você só deixe ele tomar aquele xarope de guaraná cheio de açúcar fora de casa, por que mesmo você está deixando ele beber essa porcaria? Sei que tem horas que você não quer se preocupar, mas aí depois não adianta reclamar quando ele der um ataque só querendo provar coisas doces.

6) Participar do preparo: cozinhar com as crianças, inclui-las no preparo das refeições e até aulas de culinária são também uma excelente porta de entrada para a curiosidade em torno da comida. Aqui no Rio, frequentamos muito o Ateliê das Ideias. Victoria ainda não frequenta as aulas regulares, mas sempre levo elas para as aulas avulsas e é amor verdadeiro.

7) Sem substituições: Se não comeu o almoço não tem troca por lanche. Se não comeu o jantar não tem mamadeira para dormir de barriga cheinha. Se ele não quer almoçar porque está sem fome, você não pode deixar ele comer um pacote de biscoito meia hora depois. Ele até pode não ter fome naquele determinado momento. Mas assim que a fome bater, você deve requentar aquele prato.

8) Sem preguiça: Se existe um departamento que você não deve ter preguiça é na alimentação. Nem do seu filho e nem da sua. Saco vazio não para em pé. Alimentação saudável e balanceada é bom para o corpo e para a saúde. Previne e cura doenças.

9) Sem barganha: Se algum dia na sua vida você disse “se comer tudo tem sobremesa” #quemnunca, promete pra mim que nunca mais vai fazer isso. Esse é um dos piores e mais comuns erros que cometemos. E sobremesa é fruta. Doce é uma surpresa eventual.

10) Persistência: É importante não fazer um alvoroço cada vez que seu filho se recusar a comer. Eles percebem o seu desespero e passam a manipular a situação. Controle-se e seja persistente. Eu sei que é duro, mas não desista. Principalmente se seu pequenino já estiver com o paladar “meio estragado”, nunca é tarde para recomeçar. E estou falando de você também. A revolução na cozinha começa de cima para baixo e é um direito e dever de toda a família se emendar para que a nova geração já seja melhor do que a nossa.

 

crédito da imagem: Pinterest

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