Confissão: não sinto falta de ter um bebê em casa

Uma querida amiga está grávida do seu terceiro filho. Ela curte cada gravidez como se fosse a primeira, o que eu acho inspirador. Vendo ela começar tudo de novo e de novo e de novo, eu me peguei pensando em como seria ter um bebê em casa agora que o Adam cresceu… E quer saber a verdade? Eu já senti mais falta, já me culpei por ter tido filho tarde, inventei desculpas esfarrapadas para justificar ser mãe de um filho só, mas pensando aqui com os meus botões, hoje realmente não sinto falta de ter um bebê em casa.

Meu bebê cresceu, virou um menino sapeca e agora a gente consegue aproveitar o tempo sem ter que pensar na maratona do mama – arrota – troca fralda – dá banho – coloca para dormir. Por mais gostoso que seja ter um bebê em casa, a rotina cansa e nem sempre deixa a gente olhar o melhor da situação. Algumas tarefas se tornam mecânicas simplesmente porque precisam ser feitas e se “só tem tu, vai tu mesmo”. Não que as tarefas com os bebês crescidos, agora crianças, não sejam mecânicas come – briga para escovar os dentes – escova os dentes – , mas agora eles interagem, nem que seja gritando pela casa que não querem tomar banho.

Essas últimas férias escolares serviram para reafirmar esse não desejo. Com a flexibilidade de fazer meus próprios horários, consegui passar mais tempo com o pequeno do que se eu estivesse em um emprego do tipo “bate cartão” e é nisso que eu penso quando tenho que trabalhar até tarde ou ainda nos finais de semana.

Existe um grande prazer em estar junto por escolha e não por imposição. Ele quer me acompanhar em todos os lugares e assim temos ido, quando possível, ao mercado, correio e até mesmo ao trabalho. Quando voltamos para casa é como se não tivéssemos passado uma boa parte do dia juntos, risos, continuamos nas brincadeiras e no chamego deitados juntos na minha cama, até que ele canse e me peça uma história com carinhos e beijinhos, para depois pegar no sono e eu ficar ali parada olhando até cansar o meu menino grande dormindo.

Acho que meu mundo está completinho assim como ele é. Se um dia lá na frente ele me perguntar porque não tem um irmão, mostrarei esse texto.

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