A grávida é a mãe perfeita

Uma amiga me disse uma vez que a grávida é a mãe perfeita, e ela tem razão porque na teoria tudo é muito mais fácil. É na prática que o bicho pega. Se você duvida, podemos colocar a questão em uma enquete aqui.

Eu fui uma grávida muito feliz, de verdade. Um dos raros momentos na minha vida onde consegui deixar a vida me levar e aceitar o que chegava – talvez já fosse uma preparação para o que hoje vivo sendo mãe. Muito do que planejei e desejei não aconteceu e tive que engolir o choro e aceitar já com o filho nos braços. Quem pariu Mateus que o embale, não é mesmo?!

Fazemos muitos planos e sonhamos com ideais que vemos na casa do vizinho (porque a grama é sempre mais verde) ou lemos nos livros na tentativa de nos preparar para a maravilhosa e assustadora experiência da maternidade. Quando chegamos em casa com um (ou 2 ou 3) pacotinho indefeso e dependente nos braços e fechamos a porta para o mundo lá fora, a vida acontece.

O bebê chora, o marido não ajuda, a sogra critica e você, ah, você que está cansada, exausta e tentando fazer o seu melhor se sente perdida e se pergunta onde foi que errou, questionando se nasceu para ser mãe. Você não é diferente de ninguém. Saiba que muitas outras mães (me incluo nessa) tentam alcançar uma perfeição utópica. Não dá para amamentar o dia inteiro e estar linda e super disposta. Você poupa toda a sua energia para o seu bebê e, acredito mesmo, que esse é o tal instinto materno. Então não adianta o marido chamar para ir jantar na esquina enquanto o bebê fica em casa, mesmo que dormindo, por pelo menos um tempo queremos estar disponíveis para o bebê.

Nota: Querida leitora, não estou dizendo para você ficar em casa e não cuidar do seu companheiro ou de você, eu só quero que você saiba que é normal se sentir assim.

Crédito de imagem destacada: Aniciabarefoot