Alguém cuida de mim? Quando a mãe precisa de amparo.

Acordei hoje com dor de cabeça, dor no corpo, febre alta e pensei: “Cadê a minha mãe?” Queria tanto que ela estivesse aqui para cuidar de mim, me dar um remedinho, um amparo e me oferecer aquela comidinha especial que a gente só come quando está doente. E agora, quem vai cuidar de mim? Então pensei que este seria um bom tema para escrever, pois muitas mães sentem falta desse colo.

Quando a gente se torna mãe deixa de ser filha?

Aparentemente não, mas acredito que, de uma certa maneira, isso aconteça sim, e é um dos motivos que torna a maternidade tão conflitante para nós. Será que seria possível, de vez em quando, deixarmos os nossos filhos em casa e irmos para a casa de nossas mães para também sermos cuidadas?

É duro crescer! Vemos isso em nossos filhos e também podemos olhar para nós e perceber que crescer significa tomar decisões e tomar decisões significa sempre escolher um caminho a ser seguido.

Essa sensação de desamparo que experimentamos quando estamos doentes, é explicado pela psicanálise. Quando nos sentimos ameaçadas ou vulneráveis, nossa mente aciona um mecanismo chamado de regressão. A regressão é um processo de retorno a atitudes passadas que provaram ser seguras e gratificantes. Por isso as pessoas buscam voltar para fugir de um presente angustiante. Ou seja: queremos voltar a lugares e sensações seguras, como os cuidados maternos que recebemos durante um mal-estar.

E podemos perceber claramente a mesma situação com os nossos filhos. Quando se sentem desamparados, voltam a falar com voz de bebê, ou chupam o dedo. Um exemplo extremo de uma situação de regressão aconteceu com uma conhecida minha. Ela, logo após ter sido assaltada, no meio da rua, foi para um canto e começou a chupar o dedo!

Finalizo dizendo que: apesar de todas as responsabilidades e todas as atribuições que temos ao amadurecer, não deixamos de ter uma criança em nós e em alguns momentos vamos reativar e precisar reviver essa criança .

 

Imagem: ciadefoto

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2 Comentários

  1. 7 de novembro de 2013 at 10:48 — Responder

    Acredito que não deixamos… Estou a beira dos 40 e sempre que vejo a minha mãe (quando posso, vivemos nas esquinas do continente) me deito sobre seu colo e descanso…
    bjs

  2. 15 de novembro de 2013 at 17:20 — Responder

    Esses dias eu estava querendo um colinho de mãe mesmo! rs

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