10 coisas que odeio sobre a maternidade

Não faltam matérias e relatos pessoais sobre a maternidade cor de rosa, um mundo onde bebês não choram, não têm cólica blá blá blá. Muitas mães de primeira viagem se iludem com essas histórias perfeitas e ficam  mal quando a vida real não corresponde exatamente a esses ideais, e se sentem pequenininhas, acreditando que foram  amaldiçoadas ou não nasceram para ocupar cargo tão importante.

Sim, ter filhos é tudo de bom, mas cansa. A verdade? As cores dessa história irão surgir a cada dia, pois cada bebê é único, assim como seus pais e o lugar que os cerca.

Top 10 das coisas que odeio sobre a maternidade

10. Herança da gravidez – flacidez e uma pochete na barriga que não quer desapegar.

9. Baby blues – não cheguei a ter depressão pós-parto, mas só essa onda de melancolia foi o suficiente para eu me sentir pior ainda, questionando minha capacidade de cuidar de um bebê e criá-lo.

8. Ouvir as terríveis músicas infantis – Patati Patatá, The Wiggles (de quem foi a ideia desse programa?), Backyardigans e mais um monte de tranqueira passando repetidamente na TV, no DVD e no carro. A gente se cansa, mas eles não.

7. Ter perdido a privacidade do banheiro – sempre considerei o banheiro como um ambiente sagrado ou um país neutro, mas depois do pequeno ter chegado ao mundo, batiam à minha porta sem o menor pudor. Agora, ele mesmo se encarrega de abrí-la.

6. Não existe nada mais chato do que aguentar birra. Aquela coisa miúda testando absolutamente todos os seus limites a cada cinco minutos.

5. O desfralde – tudo o que eu posso falar sobre o assunto já foi escrito aqui no meu desabafo

4. Memória fraca – mas você pode chamar de HD lotado. Começou na gravidez, minha memória de elefante encolheu e ficou do tamanho de uma formiguinha; me esquecia das tarefas mais tolas, de nomes. Hoje percebo que ela melhorou, mas ainda está bem longe de ser o que um dia já foi. Dizem que é porque tem muita coisa na cabeça, mas tá difícil achar uma pessoa que nos dias de hoje não se sinta às vezes um pouco sobrecarregada.

3. Medos – são muitos, a maioria sem o menor fundamento; medo de ele se machucar, de viajar e acontecer alguma coisa (toc, toc, toc), de engasgar, de cair da cadeira, de escorregar no box, medos meus – por mim, por ele.

2. Culpa – “nasce um filho e com ele a culpa materna” é quase um jargão na internet. Se você colocar no Google vai ver que 2.450.000 é o número de hits sobre o assunto e a gente já falou várias vezes por aqui. Sim ela existe porque queremos ser melhores, porque estamos sempre fazendo comparações e achamos que falhar na maternidade é a pior falha que podemos cometer na vida.

1. Pouco tempo para dormir – me sinto como em uma figurinha de um álbum antigo do Garfield, “tanto sono e tão pouco tempo para dormir”. A gente dorme pouco porque amamenta, porque tem medo que aconteça alguma coisa enquanto dormimos, porque eles estão resfriados ou tiveram um pesadelo, a gente dorme pouco porque quer aproveitar tudo. E quando os filhos crescem, a gente continua dormindo pouco porque não vamos dormir antes de eles chegarem em casa.

Pensei em escrever um texto falando sobre as maravilhas da maternidade, mas como você bem sabe, não ia caber aqui.

Crédito de imagem: aussiegall

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18 Comentários

  1. Grace vasconcelos
    7 de outubro de 2013 at 10:51 — Responder

    Nossa, disse tudo o que penso e nao tenho ninguem para dizer. Vivo na Belgica, um pais onde ninguem, mas ninguem mesmo é honesto suficiente para falar o que sente, ou ate mesmo como se sente!
    Ate chorei com o seu post, porque me senti aliviada, principalmente na parte de dormir pouco, pq aqui desde que meu bebe nasceu, a pergunta principal era: ele dorme a noite? E logo depois: ele ja dorme a noite inteiro direto? E detalhe, ninguem tem nocao do que é realmente amamentar pura e exclusivamente… Porque por aqui ninguem amamenta exclusivamente!
    O fato de eu estar sem dormir nao significa q meu bebe nao dorme! Ao contrato, nao quero perder nenhum detalhe, me preocupo se ele esta dormindo demais, silencioso demais kkkkk
    Mas ser mae é o melhor de mim e para sempre será!

    • Luciana Jardim
      15 de outubro de 2013 at 14:27 — Responder

      Amiga super normal tudo que vc sente! Se precisar de ajuda e motivacao me chama no face! Mesmo cada uma em paises diferentes tentarei te ajudar! Beijinhos e cuida bem do Luquinhas! Deus te guarde!!!!

  2. 7 de outubro de 2013 at 12:45 — Responder

    Adorei!! Seus top 10 são os meus tb!!!

  3. Elaine Rocha
    7 de outubro de 2013 at 13:41 — Responder

    E se arrumar para sair? porque se eu troco ela antes, depois não consigo me arrumar porque ela fica me seguindo pela casa e sempre quer fazer maquiagem de última hora… rsrsrs E se eu me arrumo antes, termino de troca-la toda bagunçada! E quando está calor…fico toda suada…rsrsrs
    Quando o passeio já está programado, eu separo tudo no dia anterior para facilitar, mas quando não dá é uma loucura!!!

  4. luciana
    8 de outubro de 2013 at 22:10 — Responder

    Olá,

    A Maternidade realmente vem para mudar a nossa ida por completo. Nao teno boas lembrancas da minha gravidez e pos parto,mais hj sinto que amarureci muito depois de meu filho ja esta proximo de completar seu primeiro aninho. e referente aos itens que voce publicou e isso ai mesmo rs.

    bjs.

  5. 9 de outubro de 2013 at 0:59 — Responder

    Adorei esse post, você falou tudo sobre as coisas ruins da maternidade, embora as coisas boas afastam as ruins, é muito bom a gente falar das ruins também, porque antes de ter meu bebê ninguém chegou pra mim e falou uma coisa ruim, pelo contrario so falavam coisas boas e as ruins só descobri depois que me tornei mãe.

  6. Luciane
    9 de outubro de 2013 at 10:40 — Responder

    Amei…são também meus top 10

  7. nilce
    9 de outubro de 2013 at 15:08 — Responder

    tudo verdade!!!pena que a maioria das mães não tem coragem de relatar tudo isso,: falar sobre não quer dizer que não o amamos… pois o que mais fazemos é ama-los!!! mas o dia-a-dia com os eles não é uma tarefa facíl!! mas é maravilhoso!!

  8. Lilian
    11 de outubro de 2013 at 14:14 — Responder

    Perfeeeito!

  9. Karina Hauer
    15 de outubro de 2013 at 22:00 — Responder

    PERFEITO O TEXTO!

    • Patricia
      18 de outubro de 2013 at 3:03 — Responder

      Beijo Karina,

      Obrigada pelo carinho.

  10. 18 de Abril de 2014 at 9:04 — Responder

    Eu entendo que pessoas sao diferentes e que tem historias diferentes. Estranho mesmo é como eu medica, ainda acho estranho esses tipos de comentários sobre maternidade… Nao sou a mae perfeita, nem me candidato a ser. Tenho tantos problemas, mas nunca pensei nas minhas filhas como problemas pra mim. Acho que sem elas eu seria uma pessoa muito pior. Sinto realmente aquele amor de leoa pelas minhas filhas e estranhamente acho isso natural porque realmente nao passo de um bicho mesmo. Mas gente pensa, ne? E coloca em cheque ate o instinto mais primitivo que é o de procriar e proteger sua cria. Mas nao se preocupem, um dia a ciência vai estar tão avançada que caso uma mulher queira ter um filho, uma maquina ou mesmo uma vaca poderá engravidar por ela. Uma maquina poderá educar os pimpolhos. E o leite industrializado sera mais nutritivo que o da mae. Maaas, os cheiro dos bebes nao serão aquele perfume maravilhoso que hoje sao. As mães nao sentirão mais aquele prazer quase sexual ao amamentar e talvez nao sentirão aquele prazer inigualável de olhar seus filhos e pensar como foram capazes de fazer alguem tão lindo!!! E talvez as mães do futuro nao possam se sentir as pessoas mais importantes na vida de alguem. Pois é…. Gente pensa… E é moldada pela própria historia. Sinto muito por voces nao poderem sentir o que sinto em relação a maternidade, e talvez nunca possam sentir. um prazer a menos na vida. Mas entendo embora nao compreenda, esse sentimento. Lendo voces penso que minha mae se sentia assim quando era nova. Comigo foi muito diferente… Mas a vida tem vários prazeres, voces podem compensar com outros, so cuidado para nao formarem pessoas de má índole.

  11. Bianca Souza
    20 de Maio de 2014 at 12:50 — Responder

    É, esse assunto realmente causa muita polêmica, esse amor incondicional foi imposto ás mulheres aos poucos pela sociedade patriarcal.Houve uma época em que as mães eram proibidas de demonstrar amor por seus filhos, crianças nasciam e eram levadas para longe das mães, os filhos eram criados por uma ama de leite. Parece absurdo?? mas naquela época era sinônimo de status. o filho so voltava pra casa depois dos 5 anos de idade, claro se sobrevisse. Ou sim, ja ia me esquecendo a morte dos filhos era tratada da seguinte maneira pela sociedade: – ah seu filho morreu?? não se preocupe vc é jovem e pode fazer outros.
    Esse amor supremo, incondicional, imortal e mais essas babozeiras, foi inventado em uma época em que as mulheres não estavam se sentindo mais uteis e resolveram que trabalhar fora seria uma ótima oportunidade para se distrai e deixar de depender financeiramente dos maridos. Então a mídia ( que na época era mandada exclusivamente por homens) muito esperta passou a vincular nos meios de comunicação, grandiosas novidades, como por exemplo mãe cuide dos seus filhos de carinho e atenção.. Faça dele seu maior presente. Deus te deu esse dom de gerar vidas.. e todo esse bla bla bla que nos conhecemos..
    Então minhas queridas, coloquem uma coisa na cabeça de vcs.
    FILHO É OPÇÃO E NÃO OBRIGAÇÃO, como essa sociedade ridicula tenta nos enfiar guela abaixo..
    Façam como eu:
    Mande todo mundo enfiar no cú a maldita opinião sobre filhos e maridos.
    Nós mulheres somos livres para decidirmos o que queremos de nossas vidas, e se filho fosse garantia de ser cuidado na velhice, os asilos estariam vazios.
    Bjos a todas e muita paciência com toda essa gente pobre de espirito que não enxerga um palmo a frente do nariz.

    • elen
      29 de agosto de 2014 at 10:37 — Responder

      é mesmo, Bianca?? e vocÊ por acaso sabe do que se passava no coraçaõ dessas mães que eram separadas dos filhos? como vc sabe que elas não estavam nem aí? que comentário mais idiota o seu. ou você acha que só pq elas eram obrigadas a se separar dos filhos elas nao estavam nem aí?

    • Juh
      20 de setembro de 2014 at 10:42 — Responder

      Obrigada Deus por “Esse amor supremo, incondicional, imortal e mais essas babozeiras (sic)” que dá força e sentido na minha vida todos os dias…..

  12. Nathália
    5 de junho de 2014 at 12:14 — Responder

    Muito lindo… Parabens!

  13. Nathália
    5 de junho de 2014 at 12:17 — Responder

    LIndo Parabens

  14. Grace
    25 de outubro de 2015 at 13:46 — Responder

    Quem precisa de gente para encher o saco torrar seu dinheiro e tirar sua privacidade tem droga de filhos joga no lixo.

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